Um caso de sucesso, de integração agricultura e apicultura, pode ser encontrado na fazenda Nova Olinda, município de Miracema do Tocantins, no cultivo de moranga e abóbora cabutiá com polinização de abelhas.
Postada em: 08/08/2013 ás 16:13:44
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e
Pecuária (Seagro), defende que o produtor deve ter no mínimo três atividades
rentáveis na propriedade, para assim garantir a sustentabilidade e a
permanência do homem no campo, com renda durante todo o ano e com qualidade de
vida. A técnica de unir agricultura e apicultura ainda é nova no Estado, mas a
cultura se torna uma excelente oportunidade de diversificação renda. Como atividade
extra, a criação de abelhas para a produção de mel aumenta o aproveitamento
econômico da propriedade. Outro benefício está no acréscimo da produtividade
com a polinização feita pelas abelhas.
Um caso de sucesso, de integração agricultura e apicultura,
pode ser encontrado na fazenda Nova Olinda, município de Miracema do Tocantins,
no cultivo de moranga e abóbora cabutiá com polinização de abelhas. A Seagro
acompanhou todo o processo. Na maioria dos ecossistemas mundiais, as abelhas
são os principais polinizadores. Estudos sobre a ação das abelhas no meio
ambiente evidenciam a extraordinária contribuição desses insetos. Dependendo da
cultura, a polinização pode aumentar a produção em 10% (no caso do feijão), 75%
(melão e melancia) e até superar os 100% (maracujá). Neste caso, houve aumento
da produção das abóboras, entre duas a três toneladas por hectare.
De acordo com a médica veterinária da Seagro e membro da
Câmara Setorial do Mel tocantinense, Érika Jardim, há plantas que podem ser
polinizadas pelo vento ou que produzem frutos sem as abelhas, mas estas
permitem uma colheita melhor e maior rendimento por hectare. “A apicultura
contribui com a renda do produtor, sem interferir nas outras atividades da
propriedade, e o investimento é pequeno. Dez caixas de abelha, macacão,
fumegador e dez quilos de cera ficam em torno de R$ 2 mil. São três a quatro
colheitas que darão de 200 a 300 quilos e vendendo a R$ 10 o quilo de mel já
tem o retorno do investimento inicial”, disse.
Fortalecimento
Érika ressalta que o apiário ocupa uma área pequena e o
produto final, além de ter boa aceitação no mercado, pode ser armazenado para
comercialização na entressafra, já que não é perecível. “A primeira ação do
produtor interessado na atividade é realizar um curso com profissionais
competentes. Como em qualquer empreendimento, há custos, riscos e demanda de
serviços que devem ser compreendidos”, ressalta a médica veterinária, que ainda
completa: “A capacitação vai garantir o manejo adequado das abelhas, já que
esses insetos reagem aos estímulos de forma bem diferente dos demais animais da
propriedade”, explica.
Oficina
Para fortalecer o setor apícola que se destaca como uma
atividade economicamente rentável para o Estado, o Governo do Tocantins, por
meio da Seagro e Fundação Banco do Brasil, realiza neste segundo semestre,
várias capacitações para os apicultores. Na última semana, de 28 de julho a 2
de agosto, foram realizados cursos de Boas Práticas de Processamento e Manejo
para Altas Produtividades, em Palmas. A próxima atividade será a primeira
oficina de viabilidade econômica do empreendimento apícola, realizada no
período de 19 a 21 de agosto, em Araguaína, região Norte do Estado.
Contatos:
Antonildo Medeiros (presidente da Fetoapi) – 9221-0538
João Gabriel (apicultor) – 9949-3439
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