Tem início nesta quinta-feira (13), o 4º Festival do Mel de
São José dos Cordeiros, distante aproximadamente
250 km da capital. O evento termina no próximo sábado (15) e vai debater sobre
a transferência de novas tecnologias para melhorar a atividade apícola na
Paraíba. Dados da Emater revelam que há
1.327 apicultores, dos quais 637 assistidos pelo órgão e um total de 3.332
apiários.
De acordo com os organizadores do evento está programada uma
série de atividades, como a realização de concursos da Garota do Mel, desfiles
de Abelhinhas e Zangões. A palestra
‘Utilização de Espécies Vegetais para Alimentação de Abelhas’ no Semiárido vai ser
proferida por Paulo José da Silva, do Sebrae-PB. Também ocorrerá reunião do
Fórum Paraibano de Apicultura.
Outra palestra confirmada é sobre o bioma caatinga e o
Cariri Paraibano, do professor Daniel Duarte, da UFPB. Será a apresentado
trabalho com apiários modelos na região do Cariri Ocidental Paraibano e a
chamada pública, tendo como palestrantes José Ismar Vilar, da Emater e Leon
Denis Batista, da Emepa.
O produtor Manoel Bezerra da Silva, da Comunidade Pedra
Lavrada, irá falar sobre suas atividades de apicultor. Na sexta-feira, a partir
das 19h, começa o III Congresso de Violeiros, com apresentação de Ipobar e Vila
Nova. Estão confirmadas as apresentações das duplas: Erasmo Ferreira e Gilvan
Ferreira, Ivanildo Vila Nova e Raimundo Caetano, Miro Pereira e Antonio Silva.
Também vai acontecer apresentações do emboladores de coco Barra Mansa e
Lavadeira. Finalizando o dia acontece um show musical no Clube Asa Branca.
No sábado (15), estão programados mini-cursos sobre
processamento de cera aveolada, pelo professor Josenildo Quirino, da UFPB.’
Melipolicultura’, manejo de colméias, por Joaquim Efigênio Maia Leite, da Emepa
e Caetano José de Lima, e a produção de abelhas rainhas por puxada natural, por
Leon Denis Batista, da Emepa.
Setor em expansão - A apicultura é um dos setores que mais
crescem na Paraíba, devido, entre outros fatores, a sua pequena vulnerabilidade
a estiagens prolongadas, quando comparada a outras atividades agrícolas. Em
anos com precipitação pluviométrica normal, calcula-se existir em atividade
aproximadamente 20 mil colméias, produzindo 400 toneladas de mel anualmente. Há
1.327 apicultores, dos quais 637 assistidos pela Emater, com 3.332 apiários,
sendo 1.307 acompanhados pela extensão rural.
Grande parte da região semiárida tem uma floração rica para
a polinização das abelhas, como o silvestre, o juá, e o marmeleiro, o que
contribui para uma produção de mel de alto grau de pureza, garantindo uma boa
aceitação no mercado consumidor.
Segundo o assessor estadual de Apicultura da Emater, o
médico veterinário Manoel Quintans, a atividade se constitui em uma das mais
antigas do mundo. Historicamente desenvolvida pelos pequenos produtores. A
criação de abelhas é uma das poucas atividades agropecuárias que atende aos
requisitos da sustentabilidade: o econômico, o social e o ambiental.
“Sendo assim, fornece renda para o apicultor, ocupa
mão-de-obra familiar e contribui para a preservação da flora nativa”, afirmou
Quintans. Segundo ele, a polinização estratégica favorece a manutenção da
biodiversidade impactando positivamente no local, bem como, permitindo ganhos
de produtividade em diversas culturas.
O diretor técnico da Emater, Erasmo Lucena, entende ser a
apicultura uma atividade que poderá conquistar mercados, seja no país ou no exterior,
onde ocorre uma grande procura. Da produção de mel o consumo maior se dá no mercado interno e o
restante flui para o mercado regional com destaque para os estados do Ceará e
Rio Grande do Norte.
Ele lembra que, para os agricultores familiares o
fornecimento ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e ao Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA) se constitui numa saída, no entanto, aponta
necessidade da certificação do produto. A comercialização predomina com a venda
diretamente às prefeituras e as cooperativas que trabalham com o produto mel e,
em geral na apresentação de sashê.
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