terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Forte calor aumenta ataque de abelhas

Folhapress        
Com o forte calor, a cidade de Santos, no litoral sul paulista, tem registrados vários ataques de abelhas. De acordo com os Bombeiros, o número de atendimentos registrados em janeiro deste ano quase triplicou em relação ao mesmo período de 2013, saltando de 33 para 91.


As ocorrências se concentram na área urbana no centro e na região da orla. Ninguém morreu em decorrência das picadas. Porém, todas as ocorrências foram de ataques "agressivos", segundo a corporação.




"O calor é um fator importante nesse fenômeno", afirma Ronaldo Bastos Francini, professor do curso de ciências biológicas da Universidade Católica de Santos.

"Quanto mais alta a temperatura, mais rápido as abelhas se desenvolvem", diz.

Além disso, Francini menciona o fenômeno da "enxameação", muito comum no verão, quando as abelhas se dividem para criar novas colônias. Elas se espalham em uma região maior, ampliando os incidentes de ataques.

"O calor amplia a atividade e o estresse desses insetos. O trabalho é intenso para criar novas colmeias e elas atacam quando se sentem ameaçadas", diz Mohamed Habib, professor de pós-graduação em ecologia na Universidade Santa Cecília.

Na maior parte das ocorrências, as abelhas criam as colmeias dentro de edifícios.

Em alguns casos, elas chegam a se alojar em estruturas internas de apartamentos, como em janelas basculantes.

De acordo com o comandante interino do 6º Grupamento dos Bombeiros, major Fábio Roberto Betini, a invasão de abelhas em ambientes densamente urbanizados é perigosa porque os insetos atacam com frequência.

"É preocupante. Há risco de um possível choque anafilático ou violentas reações alérgicas", afirma Betini.

Invasão em condomínio

O aposentado Eduvaldo Santana, 56, é uma das vítimas. Abelhas invadiram o condomínio onde mora, no bairro do Embaré, e criaram uma colônia na janela de uma das residências.

"Todas as tardes as abelhas saíam e invadiam os apartamentos."

Um dos moradores, alérgico, diz, "passou vários dias com todas as janelas trancadas, mesmo com esse calorão".


O problema foi solucionado apenas com a chegada dos Bombeiros, que removeu a colmeia. "Eles tiveram de vir à noite e passaram horas até resolver o problema."

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