Seminário discute em Goiânia, de 7 a 9 de novembro, os rumos da produção de mel
DIVULGAÇÃO
DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO
O 1º Seminário de Apicultura do Cerrado é direcionado ao
fortalecimento da atividade apícola no Centro-Oeste e Tocantins. São esperados
4 mil visitantes, entre apicultores e 300 técnicos, do Tocantins, Mato Grosso,
Goiás e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. O objetivo é sensibilizar
a cadeia produtiva para a atividade, em franca expansão, sobretudo para os
goianos.
O tema da primeira edição Apicultores Polinizando Inovações
será apresentado ao público no Shopping Estação Goiânia (região Central) e,
paralelamente ao seminário, haverá a Feira do Mel, para apresentar artigos de
interesse do apicultor, com equipamentos e utensílios para a atividade. À
comunidade, serão oferecidos produtos à base de mel, própolis, pólen, cera,
geleia real, cosméticos, alimentos, itens de saúde e beleza, artesanato
temático e oficinas gastronômicas.
O encontro em Goiânia quer promover espaço de debates
técnicos para contribuir com o desenvolvimento do setor. A troca de
experiências deve estimular o aprendizado, a profissionalização, novas
oportunidades de negócio e fomento aos conceitos de sustentabilidade, gestão e
inovação, além de fortalecer a agricultura familiar. “O mel produzido na região
tem excelente qualidade e já foi, inclusive, reconhecido fora do País. Precisamos
trabalhar esse potencial para alavancar a cadeia”, explica o diretor-técnico do
Sebrae Goiás, Wanderson Portugal Lemos.Conforme dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE, 2011), o Centro-Oeste produz apenas 2,8% do
mel nacional, mas tem potencial para alcançar o primeiro lugar, que é do Sul
(38,9%). “O Cerrado é uma mina de ouro para o mel”, afirma o consultor do
Sebrae Goiás, Robson Raad, especialista no assunto. O valor de mercado do mel
goiano é o dobro do produzido no Rio Grande do Sul (R$ 12,71 o quilo, contra R$
6,34). “As floradas do Cerrado possibilitam a produção de mel no período da
seca com baixo teor de água (média de 15%; no Brasil, varia de 13,4% a 22,9%),
garantindo alta qualidade ao produto”, revela.
Estimativas revelam que apenas 3% do bioma Cerrado seja
explorado pela apicultura. A atividade é sustentável e auxilia na preservação
do meio ambiente, pois as abelhas são responsáveis por 70% da polinização de
culturas como arroz e soja. “Quanto mais abelhas existirem, melhor será a
produção agrícola”, diz Raad. Outro fator relevante para o segmento é que não é
preciso ser proprietário de terras para criação de abelhas.
A atividade pode ser desenvolvida em forma de parceria – o
apicultor espalha as colmeias em propriedades de terceiros e cede uma parte do
mel como pagamento pelo uso da terra (normalmente um litro por ano, por caixa).
O custo de implantação de uma colmeia gira em torno de R$ 350. A produção, por
colmeia, pode variar, dependendo do manejo, de 10 a 30 quilos, por ano,
cobrindo o investimento já na primeira temporada.
O 1º Seminário de Apicultura do Cerrado é realizado pelo
Sebrae em parceria com Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil, Governo de
Goiás, Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Agência Goiana de
Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater-GO),
Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás (Seagro), Associação
de Apicultores de Formosa e Região (Asafor), além do Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (Senar), Agência Goiana de Desenvolvimento Regional (AGDR),
prefeituras de Formosa e Orizona e Cooperativa de Produtores Rurais de Orizona
(Coapro) convidadas.
Também atuantes o Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop),
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Associação dos Apicultores de
Goiás.
Mais uma matéria que reforça a viabilidade econômica da produção apícola e reforça a capacidade de retorno em curto espaço de tempo do valor empregado.Precisamos de mais incentivo, pois diante da capacidade produtiva do Brasil, estamos apenas nos arrastado em termos de produtividade(disse produtividade e não produção) e acesso a tecnologia aplicada a atividade.
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