Notícia publicada hoje, nos jornais do Rio de Janeiro, é importante pelo fato de ser um estímulo a legalidade da atividade que era obrigada a seguir na clandestinidade em virtude da alta taxa aplicada a movimentação de colmeias no Estado.
A apicultura foi um dos segmentos beneficiados com a
publicação da Lei 6.441, de 30 de abril de 2013, que dispõe sobre questões de
defesa agropecuária no estado. De acordo com a nova legislação, que altera a
Lei 3.345/99, os custos para a emissão de GTA - Guia de Trânsito Animal, nos
deslocamentos de colmeias foram reduzidos. A partir de agora, para transportar
até dez colmeias o produtor pagará o preço fixo de R$ 5,00 pelo documento.
Acima de 11 colmeias será acrescido R$ 0,40 por cada caixa. Anteriormente, essa
despesa era de R$ 22,22 por colmeia.
Segundo João Soares Neto, coordenador da Câmara Setorial de
Apicultura, da secretaria estadual de Agricultura, a redução no valor da GTA
diminui custos para os produtores e traz ganhos para o controle sanitário
apícola.
- Valores elevados não são mais justificativas para o
transporte de colmeias sem o documento legal, que regulariza o trânsito animal.
No caso das abelhas, a GTA é importante para rastrear migrações de áreas
contaminadas para áreas sadias. Além disso, contribui na identificação e
formação de barreiras sanitárias para evitar a entrada de doenças da espécie no
estado - explicou.
Para Nélson Victor de Oliveira, vice-presidente da Federação
das Associações de Apicultores do Estado do Rio de Janeiro, a mudança representa
a viabilização do setor com o cumprimento da lei.
- Essa era uma reivindicação antiga da apicultura
fluminense. Levamos a pauta para a Câmara Setorial, onde foi articulada a
alteração da legislação - acrescentou.
A GTA pode ser emitida nos Núcleos de Defesa Agropecuária,
postos municipais de Defesa Agropecuária e pela internet, através no Sistema de
Integração Agropecuária, por veterinários habilitados pela secretaria estadual
de Agricultura.
Atualmente estão cadastrados no Rio de Janeiro cerca de dois
mil apicultores. As Regiões Serrana, Norte e Noroeste concentram o maior número
de produtores no estado, com 70% da produção de mel e derivados.
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